
Rocha Paiva lembrou ainda a autocrítica do PT, feita em 2016, que lamentou não ter ampliado o seu controle na sociedade e ter deixado de modificar o currículo das academias militares.
Segundo Rocha Paiva, o PT está aproveitando os desdobramentos das manifestações em Brasília, que registraram atos de vandalismo, para acelerar o processo de enfraquecimento das Forças Armadas, ao responsabilizá-las, de algum modo, pelo que ocorreu na capital federal.
“Os lamentáveis e condenáveis episódios de vandalismo em 8 de janeiro têm propiciado uma intensificação dessa estratégia gramscista de enfraquecer e imobilizar os militares e o aparato de segurança do Estado”, observou o general.
Rocha Paiva rechaçou ainda a tese segundo a qual os militares estão “politizados”. Para Rocha Paiva, assuntos políticos não são discutidos nos quartéis, mas, sim, questões técnicas, como aplicações de Lei da Garantia da Ordem, entre outras medidas. “É claro que existem conversas informais nos intervalos das atividades ou nas horas das refeições, pois o militar vive em sociedade, está vivenciando o contexto político-social, não é um cidadão de segunda categoria e não tem que ser um alienado”, disse.
Desde os protestos de 8 de janeiro, o presidente Lula tem subido o tom com as Forças Armadas. Recentemente, o petista disse não confiar em alguns deles. Além disso, demitiu uma série de militares do governo e decidiu ser protegido pela Polícia Federal, em vez de agentes do Gabinete de Segurança Institucional.
Por Cristyan Costa/Oeste