Essa história de Passaporte Vacinal mais parece uma briga política e de interesses pessoais do que a saúde física, psicológica e financeira dos potiguares
A governadora Fátima Bezerra (PT) decretou a exigência do Passaporte Vacinal em estabelecimentos comerciais, incluindo shoppings centers, bares, restaurantes e outros no último dia 21, já a prefeitura de Natal decretou no dia 25 um que contrariou o governo, sendo assim, a justiça potiguar, na autoridade do Ministério Público e Defensoria Pública deferiu um decretou que extinguisse o decreto municipal, gerando um desconforto público, pois a prefeitura vai revogar a decisão, pensando na população, no comércio e nos empresários que está sofrendo com a exigência desse passaporte vacinal.
Vale ressaltar que nem todos os cidadãos foram vacinados. Uns tomaram uma dose e não querem tomar a segunda ou terceira dose, pois não é uma obrigatoriedade do governo federal, então a população está sofrendo com a exigência desse passaporte, já que para adentrarem nos comércios há a exigência do mesmo.
O prefeito Álvaro Dias (PSDB) atendendo a observação das associações de shoppings, que tem comprovado uma queda de 80% com a exigência do passaporte nos comércios dos associados, e com isso, a clientela deixou de sair de casa para não passar por tal desconforto que a governadora está exigindo da população e deixando um rombo no comércio do estado. Daqui a pouco ela virá com os lockdowns e a história do fique em casa, a economia ver depois.
A briga em questão mais parece a trajetória da reeleição da governadora e a possível vitória esmagadora de Álvaro Dias se ele realmente sair candidato, já que viabiliza(argumentação) filiação ao partido do presidente Bolsonaro(PL) e a união entre o ex-prefeito Carlos Eduardo que também foi candidato em 2018 ao governo, perdendo para Fátima.
Disse-me-disse
Segundo informou a Fecomércio RN (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte) no último dia 24, o Secretário Chefe do Gabinete Civil do Governo do RN, Raimundo Alves, afirmou que o Governo está sensível às demandas dos empresários, mas não é possível que seja realizada nenhuma flexibilização no decreto nas próximas duas semanas. “Os números de ocupação dos leitos não nos permitem isso neste momento. O passaporte é uma forma, inclusive, de tentarmos evitar outras medidas mais restritivas”, destacou.
Porque tanta exigência de algo que já causou tanta polêmica no mundo?
Já o presidente da Fecomércio,
Marcelo Queiroz, explica que a Federação vem acompanhando a situação da Covid e
do surto de Influenza e buscou se articular previamente com o Governo. “Na
nossa última reunião, discutimos questões referentes ao segmento de eventos,
bem como aos bares e restaurantes. No entanto, a cobrança do Passaporte Vacinal
para shoppings centers e estabelecimentos comerciais não foi abordada. Os
impactos sentidos nos últimos dias têm sido significativos, com filas de acesso
e quedas nas vendas”, afirmou.
O mais interessante de tudo isso é uma Ação Civil Pública movido
pelo Ministério Público do RN e a Defensoria Pública contra o governo do
estado, no âmbito da autorização de eventos em massa em pleno crescimento do
Covid no RN, haja vista que os leitos de Covid já ultrapassam os 80% de
ocupação.
Por um lado o governo do estado, por outro o prefeito de
Natal, e sem deixar de falar do presidente da FECOMÉRCIO.
A quem interessa a saúde da população da capital e de outras
partes do estado?
Não é de hoje que a governadora quer acabar com a economia do estado, o
prefeito Álvaro Dias quer manter o comércio funcionando normalmente da mesma
forma como antes do decreto estadual, já o presidente da FECOMÉRCIO parece está mais
pensando no crescimento de tributos, e não na saúde dos potiguares, já que
comemorou a decisão da justiça em liberar os eventos em massa, mesmo com os
decretos que cancelaram as festas de carnaval deste ano de 2022.
Só não devemos esquecer que estamos em um ano eleitoral,
então 2022 já começou muito bem, só que não.
Que Deus nos ajude até o resto de nossos dias nessa terra de
pequenos gestos e de gigantes interesses.
Escrito por Geilson Souto