MUNDO - Dubai planeja arranha-céu circular gigante: um marco na construção e arquitetura moderna

Estrutura gigante em forma de anel é proposta para cercar o Burj Khalifa


Em um projeto audacioso, Dubai propõe um arranha-céu circular de 550 metros de altura, redefinindo os limites da engenharia e da arquitetura urbana.

Dubai, conhecida por sua paisagem urbana futurística e seus projetos arquitetônicos ousados, está incendiando a internet com mais uma proposta impressionante. Embora ainda não esteja em construção, o projeto de um arranha-céu circular de 550 metros de altura e 3 quilômetros de comprimento, envolvendo o Burj Khalifa, capturou a atenção mundial. Este projeto, proposto pela ZNera Space, uma empresa de arquitetura com sede em Dubai, visa iniciar uma conversa sobre a densidade urbana e a gestão eficiente do espaço nas cidades.

Dubai, que tem experimentado um crescimento populacional e urbano explosivo, está explorando maneiras inovadoras de acomodar esse aumento. Com a população urbana mundial projetada para dobrar até 2050, cidades como Dubai precisam encontrar soluções para permanecer habitáveis sem serem sufocadas pelo aumento da população.

Downtown Circle de Dubai

O conceito do Downtown Circle de Dubai, enquanto não afirma resolver todos os problemas de densidade urbana, levanta uma questão intrigante: e se, em vez de construir verticalmente, começássemos a construir horizontalmente no céu? Esse arranha-céu proposto, deitado horizontalmente, poderia trazer uma nova dimensão à construção urbana e potencialmente impulsionar ainda mais a economia de Dubai.

O arranha-céu, imaginado como um anel de cinco andares ao redor do Burj Khalifa, apresenta vários desafios de engenharia e construção. A proposta inclui uma série de bairros, separados em “nós”, seguindo a ideia de uma “cidade de 15 minutos”, onde tudo que um residente precisa ou deseja está disponível dentro de uma caminhada ou pedalada de 15 minutos. Espaços residenciais, públicos e comerciais estariam todos a uma curta distância do parque central do edifício, oferecendo ar fresco, luz natural e vistas panorâmicas da cidade.

Cápsulas de trem que circulam a estrutura a 100 km/h ao invés de elevadores

Um aspecto particularmente inovador do projeto é a substituição dos elevadores por cápsulas de trem que circulam a estrutura a 100 km/h, oferecendo vistas de 360 graus da cidade. Embora essa tecnologia ainda não tenha sido construída em uma escala semelhante, ela se assemelha aos monorrais suspensos existentes, com a diferença de estarem a meio quilômetro do solo.

O suporte para esta estrutura maciça viria de cinco torres, que em si seriam edifícios definidores de skyline em qualquer outra cidade. Essas torres poderiam incorporar tecnologia que consome poluição, semelhante à proposta para as torres em Nova Delhi, utilizando materiais de revestimento revestidos com dióxido de titânio fotocatalítico, que reagem à luz natural para decompor óxidos de nitrogênio e “limpar” o ar da cidade.

O projeto, enquanto não está definido para a construção, destaca a necessidade de pensarmos fora da caixa em termos de arquitetura para enfrentar os desafios do século XXI, como a mudança climática e o aumento das populações urbanas. O Downtown Circle pode não ser a resposta definitiva para a crise habitacional, mas certamente estimula o debate sobre como construímos para um mundo em mudança.

Por Bruno Teles/CPG

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