Alexandre Correa pediu a prisão da apresentadora após ela não seguir determinação de juiz sobre guarda. Outro lado: equipe jurídica de Hickmann diz que combinou com os advogados do empresário outras datas para criança ficar com o pai
Ana Hickmann e Alexandre Correa. | 📷 Iara Morselli/Estadão
Ana Hickmann entregou o filho, Alezinho, de 9 anos, fruto do relacionamento com Alexandre Correa, ao pai após ser acusada de alienação parental. A decisão da Juíza da Vara da Família de Itu, em São Paulo, determinou que a apresentadora entregasse a criança ao empresário entre os dias 3 e 10 de janeiro para passar as férias com ele. Quando isso não foi feito, Alexandre chegou a pedir a prisão de Hickmann por alienação parental.
Ao Estadão, a equipe da artista deu seu lado da história. Segundo ela, os advogados de ambas partes teriam alterado as datas estabelecidas na decisão judicial para o período de 9 e 17 de janeiro. A equipe Hickmann afirmou à reportagem que essas férias estavam programadas antes da denúncia de alienação parental.
Na noite de domingo, 7, Alexandre acionou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) contra Ana Hickmann. Em documento enviado ao órgão, ao qual o Estadão teve acesso, o empresário alegou que a apresentadora cometeu alienação parental ao não entregar o filho em data determinada pela Justiça.
A nota de Hickmann enviada ao Estadão na segunda-feira, 8, diz que Alexandre Correa se vitimiza e desvia de sua responsabilidade como pai ao supostamente abusar do psicológico e emocional de Ana Hickmann. Segundo a equipe jurídica da apresentadora, a atitude demonstra má-fé (leia o comunicado na íntegra abaixo).
“Lamentamos a forma com que o genitor usa de abuso psicológico e chantagem emocional para obter benefícios próprios, desprezando o bem-estar do filho, que vem demonstrando tristeza e desconforto em diversas situações. Trata-se de uma tentativa incessante de intimidar e constranger Ana Hickmann, para causar tumulto processual e banalizar a violência física e emocional”, completa.
Em um B.O. obtido pelo Estadão em novembro, Ana acusou o ex-marido de violência doméstica. Alexandre confessou as agressões, mas negou que tenha dado uma cabeçada na apresentadora, segundo o UOL. Atualmente, ele afirma que não cometeu nenhum tipo de violência.
A briga pela guarda da criança se intensificou desde então. Na última sexta-feira, 5, o Ministério Público recusou um pedido de busca e apreensão do filho de Ana Hickmann e Alexandre Correa, feito pelo pai, em meio a uma disputa judicial entre os dois. O MP sugeriu uma multa de R$ 5 mil por dia caso Ana Hickmann não entregue o filho ao pai conforme decisão judicial.
“Ausente prova de compromissos de lazer previamente assumidos, nas férias escolares de janeiro de 2024, o filho permanecerá com o pai entre os dias 3 e 10, com retirada às 9 horas e devolução às 18 horas, competindo aos avós paternos buscarem e devolverem a criança no lar materno”, diz a decisão.
O documento judicial também determinou que os conflitos familiares não envolveram Alezinho. Por isso, Ana Hickmann e Alexandre têm direito à guarda compartilhada. As visitas entre o pai e o filho devem ser intermediadas pelos avós paternos.
A decisão ainda diz que, se Alexandre viajar com o filho para outro município ou Estado brasileiro, ele precisa avisar Ana Hickmann com, no mínimo, 48 horas de antecedência. “Informando local de destino e hospedagem e datas da saída e retorno, sob pena de busca e apreensão e suspensão das visitas”, completa o juiz.
Por Gabriela Piva/Estadão