O desequilíbrio entre beneficiários do Bolsa Família e trabalhadores com carteira assinada reacendeu o debate sobre dependência social e falta de desenvolvimento nas regiões mais pobres do país. Dados do CAGED e do Ministério do Desenvolvimento Social, referentes a julho de 2025, mostram que dez Estados brasileiros têm mais pessoas recebendo Bolsa Família do que empregos formais ativos, todos no Norte e Nordeste.
O Rio Grande do Norte, por exemplo, aparece como 13º colocado no ranking nacional, situação que, segundo analistas, revela a dificuldade histórica de atrair investimentos e estimular a economia regional.
Para o deputado federal General Girão (PL-RN), o quadro não é apenas reflexo da desigualdade, mas também de uma estratégia política do governo do PT: “Manter o povo pobre virou moeda de troca eleitoral. Quanto mais gente dependente do Estado, melhor para o projeto de poder deles”, afirmou o parlamentar.
Girão reforça que o Bolsa Família é importante para quem realmente precisa, mas critica o uso político do assistencialismo. “O melhor programa social que existe é o emprego. É renda digna, carteira assinada, oportunidade real. Depender de benefício não pode ser destino de ninguém.”
Os dados reforçam essa disparidade. No Maranhão, há 1,77 beneficiário do Bolsa Família para cada trabalhador formal, enquanto Santa Catarina lidera o lado oposto: 12 empregos com carteira para cada pessoa no programa social.
O parlamentar cobra que o governo federal concentre esforços na geração de trabalho e empreendedorismo, e não apenas na ampliação de repasses sociais. “O Brasil precisa de desenvolvimento, não de cabresto moderno travestido de benefício.”


