Segundo a Embraer, o eVTOL é uma aeronave de pouso e decolagem vertical totalmente elétrica, que foi projetada para proporcionar um transporte rápido, com baixo ruído e zero emissões de carbono
A Embraer (EMBR3) informou que deu entrada no processo de certificação de sua aeronave do tipo eVTOL (modelo de carro voador) junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Desse modo, a Eve, subsidiária da empresa, visa se adequar aos padrões técnicos internacionais e demais requisitos de aeronavegabilidade obrigatórios.
Com o suporte da Anac, será possível dar continuidade às interações com as principais autoridades aeronáuticas estrangeiras para conseguir a validação de seu certificado. Nesse sentido, a Eve atua seguindo a estratégia do grupo de expandir, a nível global, o negócio de carros voadores.
“A formalização do processo de certificação do eVTOL é um passo importante para a continuidade das discussões que vêm sendo realizadas entre Eve e ANAC em direção à certificação do veículo para mobilidade urbana” – explicou Luiz Felipe Valentini, diretor de tecnologia da Eve.
O Bradesco BBI avalia que o desenvolvimento da Eve pode, acima de tudo, posicionar a empresa na liderança do mercado global de aeronaves elétricas. “(…) Ao certificar sua aeronave eVTOL junto à ANAC, que possui acordo com a FAA (agência reguladora americana), será mais fácil para Eve receber a autorização necessária para começar a voar nos EUA” – argumentaram os analistas do banco.
Negociação com a FAB foi muito positiva
A equipe de análise do Bradesco BBI também considerou a negociação da Embraer com a Força Aérea Brasileira muito positiva. Isto porque, inicialmente, o compromisso firmado previa a entrega de 28 aeronaves, contudo, rumores indicavam que o pedido seria reduzido para 15.
No entanto, a quantidade final foi de 22 aviões e não trouxe impactos para o guidance estabelecido pela companhia para 2021.
“A Embraer já entregou 7 KC390s à FAB e esperamos que a empresa entregue duas aeronaves por ano em 2022 e 2023, e uma aeronave por ano a partir daí até 2034. A despesa não-caixa única de US$ 50 milhões relacionada a este aditamento de contrato veio de acordo com o nosso melhor cenário” – afirmaram os analistas.
Por fim, o Bradesco BBI manteve a recomendação de “outperform” (desempenho acima da média do mercado) para os recibos de ações (ADRs) da Embraer negociados em Nova York, com preço-alvo de US$ 26, o que equivale a um salto de 69% sobre o valor de fechamento de ontem.
📷 Divulgação/Embraer
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