Enquanto a América faz uma pausa para honrar o legado do Dr. Martin Luther King Jr, os especialistas dizem que a sua luta contra a pobreza e a desigualdade ainda é tão relevante hoje como foi durante o movimento pelos direitos civis nos EUA
Dexter Scott King, o filho mais novo do Dr. Martin Luther King Jr, morreu aos 62 anos, disse o King Center em Atlanta.
Membros da família disseram que ele morreu após uma batalha contra o câncer de próstata.
“Ele fez a transição pacificamente enquanto dormia em casa comigo em Malibu”, disse sua esposa, Leah Weber King, em comunicado.
Dexter King foi um ativista e atuou como presidente do King Center e presidente do King Estate.
Nascido em Atlanta em 1961, filho de líderes dos direitos civis, Dr. King e Coretta Scott King, Dexter Scott King recebeu o nome da Igreja Batista da Avenida Dexter em Montgomery, Alabama, onde seu pai serviu como pastor pela primeira vez. Ele tinha apenas sete anos quando o Dr. King foi assassinado.
O irmão de Dexter King, Martin Luther King III, disse estar “profundamente triste” pela perda de seu irmão.
“O choque repentino é devastador”, disse ele em comunicado. “É difícil ter as palavras certas em um momento como este. Por favor, mantenha toda a família King em suas orações, e em particular a esposa de Dexter, Leah Weber”.
Sua irmã, Rev Bernice King, disse que as palavras “não podem expressar o coração partido” que ela sentiu ao perder outro irmão. Sua irmã, Yolanda King, morreu em 2007, um ano depois de sua mãe.
Dr. Martin Luther King Jr.
King frequentou o Morehouse College em Atlanta, Geórgia, como seu pai. Mais tarde, ele se tornou advogado, função que utilizou para ajudar a proteger a propriedade intelectual da família King.
Terceiro dos quatro filhos dos Kings, Dexter tinha uma “estranha semelhança” com seu pai, a quem interpretou no filme de 2002, The Rosa Parks Story, disse o King Center em Atlanta.
“Ele dedicou a sua vida à perpetuação contínua do legado do seu pai”, disse o Centro.
Em um comunicado, o líder dos direitos civis Rev Al Sharpton disse que enviou suas condolências à família, acrescentando "Que ele descanse em paz, que seu legado viva".
Discurso de Luther King ‘Eu tenho um sonho’ foi improvisado
No meio de seu discurso no Congresso de 1963, a cantora gospel Mahalia Jackson gritou: "Conte a eles sobre o sonho, Martin!"
A chamada levou King a voltar a um sermão anterior que havia proferido, onde descreveu uma versão do sonho americano que fosse igual e acessível a todos os cidadãos.
“Tenho um sonho de que meus quatro filhos pequenos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Hoje tenho um sonho”, disse o Dr. King.
O momento icônico mais tarde ficaria conhecido como o discurso “Eu tenho um sonho”. E ainda há trabalho a ser feito para realmente cumprir o sonho de igualdade do Dr. King, disse Lerone Martin, diretor do Instituto de Pesquisa e Educação Martin Luther King Jr da Universidade de Stanford.
O seu sonho de igualdade é essencialmente americano, disse Martin à BBC.
“Apesar de todo o desprezo que sofreu, King fez um trabalho maravilhoso ao tentar constantemente mostrar como os seus esforços estavam alinhados com os ideais americanos”, disse ele.
No meio de seu discurso no Congresso de 1963, a cantora gospel Mahalia Jackson gritou: "Conte a eles sobre o sonho, Martin!"
A chamada levou King a voltar a um sermão anterior que havia proferido, onde descreveu uma versão do sonho americano que fosse igual e acessível a todos os cidadãos.
“Tenho um sonho de que meus quatro filhos pequenos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Hoje tenho um sonho”, disse o Dr. King.
O momento icônico mais tarde ficaria conhecido como o discurso “Eu tenho um sonho”. E ainda há trabalho a ser feito para realmente cumprir o sonho de igualdade do Dr. King, disse Lerone Martin, diretor do Instituto de Pesquisa e Educação Martin Luther King Jr da Universidade de Stanford.
O seu sonho de igualdade é essencialmente americano, disse Martin à BBC.
“Apesar de todo o desprezo que sofreu, King fez um trabalho maravilhoso ao tentar constantemente mostrar como os seus esforços estavam alinhados com os ideais americanos”, disse ele.