Noventa por cento do mercado financeiro avalia negativamente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o anúncio do pacote de corte de dados que veio aquém do esperado para colocar as contas públicas em ordem. Essa é a constatação da nova pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta (4) com 105 agentes do mercado, entre gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão.
O levantamento também apontou um enfraquecimento do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, no governo. Ele chegou a ser apontado anteriormente como um dos principais influenciadores para segurar o excesso de gastos de Lula e teve a confiança do mercado.
“Para o mercado, o equilíbrio fiscal não é prioridade para o governo. Na lista de preocupações, segundo o mercado, esse é o último item da lista. O primeiro é a popularidade do presidente, sugerindo que o governo não decide a partir de critérios técnicos”, disse Felipe Nunes, CEO da Quaest. Veja abaixo a avaliação de Lula pelo mercado.
Para ele, essa avaliação negativa reflete a reação do mercado financeiro ao pacote fiscal anunciado por Haddad na semana passada. Na avaliação dos agentes do mercado, o arcabouço fiscal tem pouca (42%) ou nenhuma credibilidade (58%).