Dos 12,8 milhões de pessoas que receberam a vacina da Janssen nos Estados Unidos, cerca de 100 podem ter desenvolvido sintomas, segundo o jornal The Washington Post.
Os Estados Unidos preparam-se para alertar para uma ligação entre a vacina contra a covid-19 da Janssen e a síndrome de Guillain-Barré, informou nesta terça-feira a imprensa norte-americana.
A síndrome de Guillain-Barré é uma
doença rara do sistema imunitário que causa inflamação dos nervos e pode levar
à dor, dormência, fraqueza muscular e dificuldade em andar.
O aviso, ainda não oficializado, será
emitido pela Food and Drug Administration (FDA), a agência governamental
responsável pela aprovação da utilização de novos medicamentos, vacinas e
outros produtos relacionados com a saúde pública.
De acordo com o The New York Times,
que cita fontes familiarizadas com o assunto, a FDA concluiu que as pessoas que
receberam a vacina da Janssen, subsidiária da multinacional americana Johnson
& Johnson, têm três a cinco vezes mais probabilidades de desenvolver a
síndrome de Guillain-Baré.
Dos 12,8 milhões de pessoas que
receberam a vacina da Janssen nos Estados Unidos, cerca de 100 podem ter
desenvolvido sintomas, segundo o The Washington Post.
A maioria das pessoas afetadas
começou a apresentar sintomas duas semanas após a imunização e, na maioria dos
casos, o perfil corresponde a homens com mais de 50 anos.
Não há dados que evidenciem um padrão
semelhante entre aqueles que receberam a vacina contra a covid-19 da Moderna ou
Pfizer, que só nos Estados Unidos já administraram mais de 321 doses.
O alerta da FDA deverá acontecer na
terça-feira
A vacina da Janssen, de dose única,
já tinha sofrido um contratempo em abril, quando as autoridades
norte-americanas interromperam a sua distribuição, após seis casos de trombose
cerebral terem sido detectados em mulheres com menos de 48 anos que tinham sido
inoculadas, uma das quais morreu.
O anúncio oficial da FDA pode ser
feito na terça-feira, de acordo com o The New York Times.
A pandemia de covid-19 provocou pelo
menos 4.028.446 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 186,3 milhões de
casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito
pela agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada
pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do
centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o
Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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Frederic J. BROWN / AFP
fonte:
DNPT